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TNOnline: Ibovespa segue em leve baixa com aversão global a risco, aos 156,5 mil pontos
O Ibovespa teve mais um dia de pausa nesta terça-feira,18, esboçando, em boa parte da sessão, tendência de realização de lucros após a recente série de recordes, mas conservando a linha dos 156 mil pontos. Ao fim, o Ibovespa marcava 156.522,13 pontos, com queda de 0,30%, e giro financeiro de R$ 24,0 bilhões. Na semana cede 0,95%, no mês acumula ganho de 4,67%. No ano, sobe 30,13%.
O Ibovespa teve mais um dia de pausa, esboçando em boa parte da sessão tendência a uma moderada realização de lucros após a recente série de recordes, mas conservando a linha dos 156 mil pontos, em leve baixa de 0,30% no fechamento. Nesta terça-feira, 18, o índice oscilou entre 155.833,67 e 157.039,89 pontos na máxima (+0,03%) à tarde, após abertura aos 156.990,43 pontos, que permanecia como o pico do dia até o meio da etapa vespertina. Ao fim, o Ibovespa marcava 156.522,13 pontos, com giro financeiro a R$ 24,0 bilhões. Na semana, cede 0,95% e, no mês, acumula ganho de 4,67%. No ano, sobe 30,13%.
Entre as principais ações, apenas as de Petrobras (ON sem variação no fechamento; PN +0,33%) conseguiam evitar o sinal negativo, amparadas pela recuperação nas cotações do petróleo, em alta na casa de 1% em Londres e Nova York na sessão - mas ambas as ações perderam sustentação no ajuste final. Principal papel do Ibovespa, Vale ON caiu 0,31% e, entre os maiores bancos, as perdas nesta terça ficaram entre 0,21% (Santander Unit) e 2,76% (Banco do Brasil ON, na mínima do dia no encerramento). Na ponta ganhadora do Ibovespa, Cogna (+9,94%), CVC (+4,81%) e Auren (+4,60%). No lado oposto, MBRF (-8,05%), Hapvida (-5,56%) e BB (-2,76%).
"Há expectativa para um balanço mais fraco da Nvidia, amanhã quarta a empresa é referência do setor de IA, nos Estados Unidos. E, na quinta-feira, o mercado aqui estará fechado no feriado da Consciência Negra e haverá dados relevantes lá fora como o payroll de setembro, nos EUA. O mercado segue em compasso de espera, sem que os investidores tomem posição, o que ajuda a entender por que o Ibovespa operou perto do zero a zero em boa parte da sessão", diz Gabriel Mollo, analista da Daycoval Corretora.
Pesquisa do BTG Pactual mostra que os investidores estão menos confortáveis com o valuation do Ibovespa após o rali recente, que o conduziu a novas máximas históricas - no intradia, chegou à faixa de 158 mil pontos na semana passada, um nível não muito distante do que se mantém nesta terça. Dessa forma, os investidores buscam reduzir riscos até o fim de 2025, com a maior parte (37%) dos gestores de portfólio ouvidos - principalmente baseados no Brasil - tendo agora um sentimento neutro para a Bolsa. Para 42%, os valuations das ações estão cada vez mais justos.
"Com os mercados subindo dia após dia nas últimas duas semanas, notamos alguma hesitação no ar após o recente rali. De forma alguma os investidores estão pessimistas ou buscando reduzir materialmente o risco, mas mais gestores de portfólio relatam que o sentimento agora é neutro", afirma o banco, em relatório que não menciona a quantidade de entrevistados, reporta a jornalista Caroline Aragaki, da Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.
Lá fora, a pesquisa Global Fund Manager Survey (FMS, na sigla em inglês) de novembro do Bank of America (BofA) mostra intensificação das preocupações com os excessos ligados à inteligência artificial (IA) e à forte concentração em grandes empresas de tecnologia. Segundo o levantamento, 45% dos gestores apontam uma "bolha de IA" como o principal risco de cauda, avanço relevante em relação aos 33% de outubro. Além disso, 53% afirmam que as ações ligadas à IA "já estão em uma bolha", mantendo o indicador acima de 50% pelo segundo mês seguido, reporta o jornalista Pedro Lima, da Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.
Nesse contexto, os principais índices de ações em Nova York fecharam hoje em baixa de 1,07% (Dow Jones), S&P 500 (-0,83%) e Nasdaq (-1,21%), dando prosseguimento à correção.
"A bolsa brasileira caiu muito mais por fatores globais do que por fatores domésticos. Há um movimento global de aversão ao risco, com investidores lá fora receosos quanto aos valuations das empresas de tecnologia, e com grandes expectativas em relação aos resultados de Nvidia, que saem amanhã, tendo como panorama de fundo macro as incertezas quanto à próxima reunião do Federal Reserve se manterá ou não o ciclo de cortes de juros, iniciado em setembro e a que deu curso também na reunião do final de outubro", observa Bruno Perri, economista-chefe, estrategista e sócio-fundador da Forum Investimentos.
Segundo ele, a liquidação do banco Master, anunciada nesta manhã, também contribuiu, ainda que em "segundo plano", para o viés de baixa do Ibovespa na sessão, em especial pelo efeito defensivo sobre o setor bancário, que caiu no pregão - um segmento "fundamentalmente afetado pela liquidação do Master e pelo enorme custo que este trará aos cofres do FGC (Fundo Garantidor de Crédito), que terá de ser capitalizado pelo sistema financeiro, com peso maior sobre os ombros dos grandes bancos", acrescenta Perri.
O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) estima em 1,6 milhão o número de credores com depósitos e investimentos elegíveis ao pagamento da garantia no âmbito da liquidação do Master. O montante equivale a um valor aproximado de R$ 41 bilhões, reportam os jornalistas André Marinho e Mateus Fagundes, da Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.
Em comunicado, o FGC informou que tinha patrimônio de R$ 160 bilhões em setembro, dos quais R$ 122 bilhões correspondiam a recursos líquidos em caixa. As instituições liquidadas são o Banco Master, Banco Master de Investimento, Banco Letsbank e Master Corretora de Câmbio.